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Enfermagem: meios de chegar ao cuidado humanizado

  • Claudio Brazil
  • 8 de fev. de 2020
  • 2 min de leitura

Para podermos prestar um cuidado humanizado não é possível ficarmos apegados a rótulos, porque o ser humano é único e inimitável, como já afirmava Wanda Horta em seus estudos. O rótulo é uma forma de massificar as pessoas e prestar contas para a burocracia, no qual através de um conjunto de sinais e sintomas, vai ser dado o nome para um quadro pré-determinado e instituir um tratamento pré-estabelecido e, muitas vezes, talvez a maioria das vezes, sem levar em conta a singularidade e subjetividade do outro. Não são valorizadas as suas vivencias e experiências pessoais, o que por si só já nos mostra a importância da consulta de enfermagem, onde uma anamnese bem feita das experiências da pessoa e da historia de vida daquele que vivência o problema vai proporcionar que tenhamos plano de cuidados adequado.

A consulta de enfermagem, procedimento que vai estabelecer todo o planejamento do tratamento e que tem como premissa fundamental respeitar e valorizar a singularidade e subjetividade do outro. A dor e desconforto são sinais subjetivos, e se, ao invés de ser direcionado a um órgão, for compreendido pela vivencia daquele que sofre, por sua experiência com aquela dor, o sucesso do tratamento seria muito maior e o cuidado, com certeza, seria muito mais humanizado.

O profissional tem que saber usar toda a sua habilidade técnica e cientifica aliada a sua sensibilidade e capacidade de entender e conhecer o outro como um ser único. O profissional com essas características saberá se colocar no lugar do outro como se fosse o outro sem ser o outro e, com essa atitude empática conseguiria abrir as portas e sedimentar o caminho para o cuidado humanizado e tudo isso começa no primeiro atendimento.

Na consulta de enfermagem, o profissional tem que estar disposto a entender a vivencia do outro com toda a sua singularidade. A lógica do cuidar tem que ser sujeito/ sujeito. O profissional tem que desenvolver toda a sua técnica de escuta terapêutica.

Na prescrição do cuidado de enfermagem tem que ser valorizado o que o outro espera que seja feito por ele e para ele para que ele se sinta ajudado naquela situação de sofrimento que esta passando e ao mesmo tempo responsável por seu tratamento. Ele é, na verdade, o maior interessado na resolução dessa situação.

A avaliação do cuidado sempre tem que ser feita junto com o paciente (aquele que sofre), ou seja, com o maior interessado no processo. O sujeito tem que ser o responsável por sua mudança, senão ela se torna superficial e efêmera.

Para realizar o cuidado humanizado não precisa de orçamento e, sim, acreditar na potencialidade do outro e, respeitar sua singularidade e subjetividade na hora de elaborar o plano de cuidados. Eu acredito que a enfermagem é capaz de por “ordem” no caos da saúde e para isso só precisa ser reconhecida e valorizada.



 
 
 

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