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ENFERMAGEM E A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO

  • Prof. Claudio Brazil
  • 25 de jan. de 2020
  • 2 min de leitura

A humanização do cuidado tem que ter como ponto de partida a empatia, isto é, a relação empática do cuidador e aquele que está sendo cuidado. Toda a empatia tem que estar embasada na lógica sujeito/sujeito para poder ser efetiva.

Quando partimos da relação sujeito/sujeito é porque começamos a entender e valorizar a singularidade e a subjetividade do outro. Nessa relação o outro é sempre visto e valorizado por suas experiências vivenciadas.O sofrimento só é entendido em toda a sua dimensão por aquele que vivencia essa situação. Se o profissional não entender e respeitar a singularidade e a subjetividade do outro, aquele a quem ele presta o cuidado. Não haverá condições para ser estabelecida a empatia, pois a lógica do cuidado é sujeito/objeto. Tecnicamente o cuidado até pode estar perfeito, mas com toda a certeza não será humanizado.

Para o cuidado ser humanizado é necessário que aquele que vai receber o cuidado participe de todo o processo, que seja valorizada toda sua experiência vivenciada com seu problema e principalmente conheçam seus direitos e possam exigir que eles sejam respeitados.

O profissional que se propõe a prestar um cuidado humanizado tem como primeira função orientar, esclarecer, discutir com o paciente, aquele que sofre, os direitos dele. Muitas vezes o paciente nem sabe que tem direitos e isso precisa ficar muito claro para ele.

O profissional precisa desenvolver o hábito de toda vez, antes de iniciar suas atividades, recitar como um mantra: “E SE AQUELE A QUEM VOU CUIDAR FOSSE EU OU ALGUÉM QUE AMO, COMO EU GOSTARIA QUE FOSSE ESSE CUIDADO?” Não seremos perfeitos, mas com certeza estaremos dando o melhor de nós. Isso parece simplório e primário mas a correria e a sobrecarga dos profissionais faz com que muitos esqueçam desse detalhe e se tornem apenas máquinas de prestar cuidados.

Prestar um cuidado humanizado é somar a competência e habilidade técnica do profissional com o respeito pela singularidade e subjetividade daquele que vai ser cuidado, valorizando a experiência e vivência que o problema produz no paciente.O profissional alia sua técnica com a capacidade de ser empático.

A empatia é muito fácil de ser estabelecida, tem que ser constantemente treinada e, abandonada, a prática do cuidado sujeito/objeto. E valorizada a do sujeito/sujeito.

A equipe de enfermagem, enfermeiros e técnicos de enfermagem são preparados durante sua formação para prestarem o cuidado humanizado, muitos o fazem como profissionais, outros esquecem e precisam ser lembrados, porque o cuidado humanizado tem que ser sempre uma “bandeira” da enfermagem. Eu como profissional e depois como professor de enfermagem sempre valorizei e valorizarei: “cuidar o seu João da úlcera e não só a úlcera do seu João!”


 
 
 

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