VALORIZAÇÃO DA VIDA E O PROFISSIONAL DE SAÚDE
- Prof. Claudio Brazil
- 30 de set. de 2018
- 3 min de leitura

O mês de setembro está terminando e com ele a campanha de prevenção ao suicídio, porém a luta pela valorização da vida tem que ser perene. Este sentimento de valorizar a vida tem que estar internalizado e sedimentado em nosso mundo interno. Tem que fazer parte da nossa pratica e não só do nosso discurso. Quantos defendem a vida no discurso e são a favor do aborto na prática, discursam pelo meio ambiente e jogam o papel de bala ou o “toco” do cigarro na rua.
O suicídio traz consigo uma serie de mistérios e preconceitos, onde põe em xeque a vida e a morte em seu pré e pós, e tudo aquilo que está em relação a isso. A pessoa que tenta o suicídio na verdade está pedindo ajuda, pois ao mesmo tempo em que ela busca a morte para aliviar um sofrimento, ela não quer morrer, mas naquele momento a única saída que ela encontra é a morte. Temos que estar muito atentos para aquelas pessoas que dizem que vão se matar. Pois estão pedindo ajuda e se nada for feito, com certeza, vão cometer o suicídio. Portanto é totalmente falsa aquela ideia de quem avisa não se mata.
Quando uma pessoa apresenta ideia suicida temos que estar atentos para os sinais que ela emite como, por exemplo, começar a se desfazer de suas coisas, de seus pertences, delegar algumas tarefas das quais não abriria mão.
Na pessoa que está em tratamento o período crítico é quando ela começa a melhorar, sai da depressão, porque ainda persiste a ideia de morte e agora recuperou a força para cometer o suicídio. Portanto, a atenção tem que ser redobrada e a vigilância constante, apesar da energia do cuidador estar esgotada.
Cuidar de uma pessoa com depressão suga a energia do cuidador e o único combustível para superar esta falta de energia é a empatia somada ao amor e a vontade de ajudar o outro. O enfermeiro tem na essência do seu fazer o processo de cuidar, portanto se ele tiver amor por aquilo que faz será um excelente cuidador. E, é um profissional preparado para lidar com as questões do suicídio, sua prevenção e sempre lutar pela valorização da vida.
Outra forma de acreditar e lutar pela valorização da vida é através da doação de sangue e de órgãos. Muitas pessoas morrem na fila de espera de um órgão, enquanto muitos órgão em condições de serem doados são perdidos por falta de sensibilidade ou conscientização de famílias que enterram ou cremam a esperança de muitos.
Doar é se desprender, é altruísmo, é acreditar na valorização da vida. A doação de sangue deveria fazer parte da rotina de todos aqueles que tenham condições físicas para assim procederem, pois todo sangue doado será reposto pelo próprio organismo e o doador poderá sentir a felicidade de ter ajudado o próximo.
Valorizar a vida é manter o hemocentro sempre abastecido sem a necessidade de fazer campanhas para suprir carências. É lutar para diminuir as filas de espera de um transplante.
Todo profissional de saúde que acredita na valorização da vida tem que ser um agente difusor da ideia de doação de sangue e órgãos, tem que acreditar e conscientizar a todos sobre a importância deste ato o que com certeza ira salvar muitas vidas e deixar muitas pessoas e famílias felizes. O mundo pode ser melhor e a sociedade mais fraterna, porque doar é sempre solidário é ser empático, é amar o outro.
Comments