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O ENFERMEIRO, A ENFERMAGEM E A SOLIDARIEDADE

  • Prof. Claudio Brazil
  • 11 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

O mais importante do ser enfermeiro é ser solidário, pois precisamos sempre estar preparados e dispostos a servir ao outro, em seu momento de dor e sofrimento ou através de ações preventivas para evitar esta dor e este sofrimento.

A solidariedade é um dos sentimentos mais nobre e que é muito importante para aquele que faz do que para aquele que recebe a ação solidária, pois ao auxiliar o outro aquele alivia e alegra o próprio espírito. Há uma sensação de paz consigo mesmo.

O enfermeiro precisa delegar suas funções burocráticas e dedicar-se ao paciente em todos os seus cuidados, pois é ele que necessita da assistência e da solidariedade do profissional.

Na essência de sua profissão, o enfermeiro tem como uma de suas funções a de educador e, como tal, ele deve servir como estimulo aos atos de doação e solidariedade entre as pessoas.

Ao doar órgãos ou sangue, a pessoa está doando vida e esperança para aquele que precisa desta doação, e o enfermeiro tem papel importante nesse processo, porque ele está muito próximo do paciente, potencial doador, e dos familiares que em última instância vão autorizar a doação. Isso é ser solidário, dar conforto para uns e esperança a outros. Mas o enfermeiro precisa estar atento e disposto a realizar este papel de motivar os familiares para doação e cuidar do receptor para o sucesso da transação.

Ter o espírito solidário é estar preparado para se colocar ao lado e a disposição daqueles que estão necessitando de nosso cuidado, ou seja, estar à disposição e ao lado daquele que perde sua identidade e passa a ser um leito ou um diagnóstico, daquele que sofre e se aproxima da morte.

A solidariedade nos ensina a ser resiliente, sendo que aprendemos frente ao sofrimento do outro o qual nos sensibiliza e nos faz sofrer e crescer.

A solidariedade nos coloca no lugar do outro, sentindo como se fosse o outro, sem ser o outro e isso é sermos empáticos. A empatia é o que nos move para ação, para o fazer.

A relação enfermeiro X paciente sempre tem que estar fundamentada na cientificidade e na empatia, para então ser prestada uma assistência humanizada e solidária.

Quando o profissional deixa seus problemas e passa a tentar resolver os problemas do paciente, ele está sendo solidário. Ele abre mão das suas mazelas e vai enfrentar as do outro, buscando a solução das mesmas.

A ação poderá ser impessoal e profissional de uma maneira muito eficiente, mas se não houver o espírito da solidariedade, o enfermeiro tornar-se-á embrutecido e insensível para o problema do outro, e isto torna a relação cada vez menos humanizada.

A solidariedade nasce da sensibilização do enfermeiro, o torna cada vez mais humano e solidário aumentando, assim, sua capacidade de prestar uma assistência humanizada.

Ser solidário com o paciente não é fazer tudo o que ele quer, mas fazer tudo que ele precisa, às vezes o remédio pode ser muito amargo, mas é a única maneira de salvar uma vida. Esta avaliação é feita através da cientificidade. Talvez, na Cracolândia, o mais importante, neste momento, seja a internação compulsória daqueles que necessitam e não aceitam o tratamento. Vamos primeiro salvar uma vida, depois estabelecer a estratégia para a sequência do tratamento, junto com os familiares. Isso é ser solidário frente a dor e o sofrimento daqueles que vivem naquele lugar imundo e de seus familiares que não tem força nem condições de retirá-los de lá.

O enfermeiro tem que estabelecer uma cumplicidade com o seu paciente, mas uma cumplicidade profissional com cientificidade e solidariedade.

As dificuldades são vencidas com solidariedade e se a equipe de enfermagem for solidária entre si e com seus pacientes, com certeza, o trabalho se torna menos árduo e a assistência mais humanizada.

O ato solidário tem o poder de sempre modificar para melhor a pessoa que o pratica e o enfermeiro, ao se colocar ao lado e a disposição de seu paciente, cresce como profissional e enobrece como ser humano.

Se você acredita na assistência humanizada, seja solidário consigo mesmo, com a equipe e com o paciente e, tenha certeza de estar prestando um cuidado de excelência e muito mais humano.



 
 
 

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