ERA UMA VEZ UMA “CABEÇA ILUMINADA”: USO E ABUSO DE PROFISSIONAIS
- Claudio Brazil
- 8 de mai. de 2017
- 2 min de leitura

Está virando moda neste Estado (RS) e agora também na cidade de Pelotas a tônica do cobrir um santo e desvestir outro, ou seja, a técnica da inabilidade na previsão do número de pessoas para executar determinadas atividades, bem como na qualidade do que vai ser executado, como também naquilo que deveria ser feito e não vai ser realizado enquanto o profissional é deslocado para outra atividade.
O Governo do Estado, na área da segurança tentou resolver o problema da criminalidade em Porto Alegre e na região Metropolitana deslocando policiais do interior do Estado para lá.
Os policiais que lá foram, em sua maioria, não tinham conhecimento do funcionamento e da cultura dominante em cada uma daquelas comunidades a que foram servir.
Pode até alguém argumentar que isso não é importante, mas então por que investir em policiamento comunitário? Como resultado, não resolveram lá e pioraram o interior.
Agora em Pelotas, no Governo Municipal, alguma “cabeça iluminada” na área da saúde está pensando que profissionais do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) acompanhem o SAMU no atendimento de intercorrências psiquiátricas.
Quem vai realizar as atividades destes profissionais no atendimento de suas atividades diárias no CAPS?
Estão estes profissionais preparados para atender casos de Emergências, tais como agitação psicomotora, furor catatônico, furor epilético, crises paranoides com agressividade, pessoas armadas e outras situações semelhantes?
Se estiverem preparadas tecnicamente terão estrutura material e medicamentosa para o atendimento?
O profissional médico, que em sua maioria trabalha como plantonista no CAPS, vai sair e atender a intercorrência como os demais profissionais? Como ficam os pacientes agendados?
Os profissionais de saúde são abnegados, mas vivem em uma sociedade capitalista e de consumo, eles irão receber pró-labore por estes atendimentos extras? E insalubridade? Adicional SAMU?
Os Conselhos de classe, bem como os sindicatos profissionais e o SIMP tem que se posicionarem ou serão omissos?
O homem é um ser bio-psico-social e espiritual, portanto pode ocorrer uma Urgência em qualquer um destes planos e o SAMU, como sendo um serviço de Urgência, tem que estar preparado para atender também na área psiquiátrica ou será que existe preconceito com a pessoa com transtorno mental quando este manifesta sua doença?
Senhores Gestores não seria mais lógico que a equipe do SAMU estivesse preparada e treinada para atender uma intercorrência psiquiátrica do que deixar os usuários do CAPS sem o trabalho do seu profissional?
Tenho mais uma dúvida....
Qual o papel e o fazer do profissional do CAPS no atendimento da ocorrência, segundo a “cabeça iluminada” que idealizou esta atividade?
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