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O ENFERMEIRO E O TRABALHO EM GRUPO

  • Claudio Brazil
  • 2 de abr. de 2017
  • 3 min de leitura

Foi durante um período de guerra em que os feridos eram muitos e os profissionais poucos que foi dado início o tratamento aos necessitados, através do trabalho em grupo.

O trabalho em grupo, além de sociabilizar o paciente serve, também, para otimizar a assistência, sendo atendidos um número maior de pessoas, em um tempo menor sem, no entanto, perder a qualidade dos cuidados prestados.

Os portadores de doenças crônicas são os usuários em potencial para o atendimento em grupo.

No grupo, as pessoas com problemas em comum podem trocar experiências e um poderá auxiliar o outro na recuperação e/ou manutenção da saúde. Embora cada pessoa seja um indivíduo “único”, a experiência dela frente ao quadro vivenciado poderá servir de modelo, com adequações apropriadas, para que um outro com o mesmo problema possa encontrar os seus meios de solucionar ou, ao menos, conviver melhor com a sua doença.

A mudança no ritmo de vida das pessoas, a correria do dia-a-dia que dificulta o atendimento das necessidades básicas como sono e alimentação, entre outras faz com que aumente cada vez mais a necessidade de cuidados com a saúde e com a qualidade de vida.

O aumento da longevidade e o consequente aumento da população a ser atendida pelos serviços de saúde faz com que estes fiquem sobrecarregados perdendo, assim, a sua eficiência, tanto estrutural como de material e pessoal.

Com o trabalho em grupo poderão ser minimizados os efeitos negativos da falta de pessoal e otimizado os resultados das ações em beneficio daqueles que necessitam de assistência.

O grupo é o espaço ideal para que sejam trabalhadas as ideias divergentes e convergentes de seus membros, funcionando com um embrião civilizatório de uma sociedade aberta ao diálogo, a generosidade, a aceitação e por consequência ao crescimento e ao amadurecimento ao EU social.

A dinâmica de grupo é uma ferramenta para avaliar o comportamento de um grupo e de seus membros individualmente, ou seja, como eles interagem consigo e com seu meio.

Na saúde mental o indivíduo ao adoecer rompe com a sociedade, portanto o foco principal do seu tratamento é sua ressocialização e a forma mais eficiente de alcançar este objetivo é através de atividades em grupo.

A medicação é de extrema importância no tratamento e vai facilitar a recuperação do indivíduo e proporcionará seu retorno ao meio social, aos seus familiares, ao seu grupo de convivência, ou seja, devolverá a capacidade de viver em grupo. A junção do tratamento medicamentoso com o trabalho em grupo vai otimizar a ressocialização da pessoa doente refletindo na qualidade de vida dessa pessoa na sociedade.

Ao mesmo tempo que as medicações auxiliam na recuperação da saúde frente aos quadros patológicos, elas trazem consigo os efeitos colaterais ou paraefeitos. O médico ao prescrever ele fica atento aos efeitos esperados para diminuição dos sintomas, já o enfermeiro tem que estar atento e preparado para intervir e orientar quando surgirem efeitos colaterais, com isso uma forma eficiente de orientação sobre a importância da adesão ao tratamento e cuidado frente aos possíveis paraefeitos é através do trabalho em grupo.

O enfermeiro em seu fazer diário trabalha com grupo de pessoas, aquelas da sua equipe, da sua unidade, sua enfermaria, da sua comunidade ou da área de abrangência de sua UBS. Na maioria das vezes esse trabalho é feito de forma individualizada o que torna menos abrangente e cansativo.

Trabalhar com grupo é uma forma muito eficiente de otimizar o trabalho. É fazer com que um número maior de pessoas possam ser beneficiadas pelo seu fazer, por suas orientações e o enfermeiro estará exercendo com eficiência o seu papel de educador.

Existem diversos tipos de trabalho em grupo, com dinâmicas especificas e técnicas próprias para atingirem seus objetivos. Assim para exercer sua atividade o profissional precisa estudar e se preparar com muito afinco para poder coordenar o trabalho em grupo independentemente do tipo que for.

Como tudo na enfermagem, o desconhecimento da técnica, a insegurança e o trabalho malfeito pode ser muito deletério e prejudicial ao paciente, felizmente a bibliografia sobre o trabalho em grupo é extensa, tendo muitos trabalhos publicados e isto facilita o estudo e o aprimoramento desta forma de trabalho ou atuação do enfermeiro.



 
 
 

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