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CAPACIDADE DE TOLERÂNCIA E INDIGNAÇÃO NO FAZER DO ENFERMEIRO

  • Claudio Brazil
  • 3 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

Tolerância é o aumento da capacidade de aceitação de si mesmo e do outro, sem interferir no poder de indignação que é o combustível que impulsiona para a luta e para a mudança de uma situação que é desconfortável.

O enfermeiro no seu dia-a-dia se defronta com muitas situações que são desconfortáveis como a dor, o sofrimento e a morte.

O profissional tem que ser tolerante com aquele que sofre, sua capacidade de tolerância tem que aumentar a cada dia, a cada situação enfrentada, mas ao mesmo tempo tem que desenvolver seu poder de indignação para assim ser capaz de modificar aquele quadro.

Se assim não for, se forem desenvolvidas as técnicas de forma automática, sem o envolvimento da tolerância e da indignação a ação passa a ser robotizada.

A enfermagem perde sua essência que é de ser gente cuidando de gente!

Na perda da capacidade de indignação vem a acomodação e com a acomodação diminui as perspectivas de crescimento, não há mais necessidade de atualização, diminui a vontade de estudar, de progredir na sua profissão.

E com isso, você não é feliz e faz seu trabalho de forma automática, robotizada, insatisfeito com seu ambiente de trabalho, sua carga horária ou com seu salário, mas sente-se incapaz de reagir, de protestar, de combater e finalmente de modificar o que incomoda no seu modo de desempenhar sua profissão ou seu trabalho.

Voltando a tolerância, primeiramente temos que aprender a ser tolerantes conosco, com nossas virtudes e nossos defeitos.

Temos que nos conhecer muito bem para não permitir que nossas virtudes não nos tornem prepotentes, onipotentes e intolerantes com o outro e com o meio em que estamos inseridos. Precisamos ter muito claro nossos defeitos e nossas falhas. E sendo tolerantes com eles nos tornamos capazes de modifica-los. A intolerância não permitirá que possamos reconhece-los e assim não seremos capazes de modificar e crescer como profissional e como pessoa.

O enfermeiro tem que ser tolerante com sua equipe sabendo reconhecer e valorizar as qualidades de seus componentes, sempre os incentivando para que possam evoluir.

Ao mesmo tempo precisará identificar suas falhas tanto as técnicas como as de atitudes e, assim, corrigi-las.

O enfermeiro tem que ser o elemento como líder capaz de incentivar a tolerância entre os membros da equipe e para com os pacientes. Estimular o diálogo e a empatia. Propiciando que cada crise sirva, através do poder da tolerância, como um fator de crescimento, promovendo o desenvolvimento da capacidade de resiliência.

Em sua função de educador, o enfermeiro precisa desenvolver sua capacidade de tolerância para com o outro, para que as dificuldades de entendimento ou de aceitação das orientações fornecidas não sirvam como um desestimulo, mas pelo contrário, tem que dar mais força ainda para que possamos facilitar o entendimento daquilo que queremos transmitir.

O enfermeiro tem que aumentar sua capacidade de aceitação do outro, aprender a ser tolerante e desenvolver cada vez mais seu poder de indignação, visando sempre a qualidade de seu trabalho em benefício do paciente.



 
 
 

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