A ESCOLHA DE CANDIDATOS: UMA REFLEXÃO

O objetivo maior deste blog é discutir e refletir sobre situações de enfermagem que possam ser benéficos à assistência ao paciente e sua comunidade. O enfermeiro tem que ser proativo e um agente de mudança social e, isto nos levou a esta reflexão sobre a escolha de candidatos nas eleições municipais que ocorre em outubro próximo.

Todo o homem é um ser político e sua vida é sempre regida por ações políticas, embora muitos se digam apolíticos.

Até podemos não ser participantes de políticas partidárias, mas todos nós estamos submetidos às políticas de saúde, segurança, educação e assim por diante, portanto mesmo não sendo militante de nenhum partido político temos em nossas mãos o poder de, através do voto, decidir sobre as nossas vidas, sobre as melhores políticas para podermos exercer nossa profissão, a melhor política de saúde, assistência e qualidade de vida. Sobre o que queremos e o que desejamos. Como podemos nos deslocar de casa para o trabalho de forma segura e lá chegando podermos exercer nossas atividades sem sermos ameaçados pela falta de segurança?

A mobilidade urbana ou a falta dessa que faz com que fiquemos presos no trânsito, o transporte coletivo que não cumpre seus horários, desconfortável e abarrotado de gente, onde perdemos momentos preciosos em que poderíamos estar desfrutando do convívio de nossa família e do convívio de nossos amigos o que, aliás, é muito importante para a saúde mental de todos nós.

Quais as condições físicas e estruturais das escolas e creches de nossos filhos? Como é o projeto pedagógico destas instituições? Qual a política de educação daqueles que querem ser merecedores de nosso voto?

O que pensam realizar para desenvolver econômica e socialmente nossa cidade? Aumentar e qualificar o número de empregos para que nossos filhos não precisem ir embora em busca de uma vida melhor?

Após refletir sobre o até aqui exposto, resolvi estabelecer algumas condições para escolher as pessoas que possam merecer meu voto e minha confiança:

• O candidato não pode fazer do cargo eletivo uma profissão, um meio de vida. A renovação é sempre bem-vinda, indispensável e saudável para o processo democrático;

• Se forem eleitos para um cargo não podem pleitear outro enquanto não terminar seu mandato a não ser que renunciem ao cargo atual;

• Não pactuar ou pertencer a partido envolvido em corrupção ou outra falcatrua, pois “diga-me com quem andas que te direi quem és”;

• Não pactuar ou pertencer à partido de governante que parcelem salários dos servidores e que são incompetentes para encontrarem a solução para o problema,

• Não pactuar, pertencer ou ser apoiado por governante que fazem diferença entre servidores de uma mesma secretaria, privilegiando a uns poucos em detrimento de muitos como na questão da carga horária, embora os contratos sejam iguais e o que é pior, justifica sua atitude dizendo que eles precisam de horas de estudo, apesar dos outros profissionais também serem de nível superior, formados em faculdades reconhecidas pelo MEC;

• Não apoiar agentes de transito que abrem mão de sua função educativa para exercerem a função punitiva e arrecadatória;

• O candidato tem que apoiar o uso da guarda municipal de forma ostensiva e preventiva em estabelecimentos públicos, parques e praças do município;

• Apoiar uma política de segurança integrada com as forças estaduais para segurança de seus munícipes;

• Ter uma política de saúde que privilegie o atendimento humanizado, digno e eficiente da população, oferecendo os recursos necessários para que os profissionais da saúde possam exercer suas atividades;

• Ter uma política educacional de qualidade, valorizando seus agentes e o projeto pedagógico

Não tenho preferência por partido político, não sou filiado a nenhuma agremiação político-partidária, meu “partido” é a enfermagem e a minha política é a assistência à saúde humanizada, digna e eficiente.

Os candidatos que preencherem estes requisitos, me provem e me convençam, e aí, com certeza terão meu voto.

Aos colegas enfermeiros, a toda a equipe de enfermagem, demais profissionais de saúde que me honram com a leitura deste blog deixo uma questão:

Já refletiram de como vão utilizar a força de seu voto O poder de sua decisão na qualificação da assistência, na política de saúde e na qualidade de vida de sua comunidade?