O ENFERMEIRO CIDADÃO, CIDADÃO ENFERMEIRO: UM AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
- Prof. Claudio Brazil
- 28 de ago. de 2016
- 3 min de leitura

Todo o profissional de saúde tem que ser um agente de transformação social, pois em última análise, eles são os guardiões de um dos maiores bens do ser humano: a sua saúde. Tem que ser proativo, participante e profundo conhecedor dos recursos de sua comunidade para poder manter-se ou modificá-los quando necessário.
O enfermeiro em sua missão de servir ao outro, tem que assumir seu papel de agente de transformação social. Para poder mudar um contexto social, o agente tem que estar inserido e inteirado em seu meio, com o indivíduo e com a sociedade como um todo.
Atuar junto a situação social de seu paciente faz parte da assistência de enfermagem de qualidade, pois não podemos nunca esquecer que o homem, a pessoa assistida é um se bio-psico-social e espiritual.
Ao respeitar e fazer valer os direitos do paciente estamos atendendo uma condição individual e social da pessoa assistida.
Quando o paciente não está ciente de seus direitos cabe ao enfermeiro orientá-lo sobre isso e estimulá-los a buscar e usufruir destes diretos.
O paciente, aquele que sofre, tem o direito de ser um agente ativo de seu próprio tratamento e, em função disto podemos e devemos discutir com ele a assistência de enfermagem a ser prestada.
O paciente tem que ser inserido na comunidade hospitalar ou da unidade de saúde pelo enfermeiro e este tem que conhecer a comunidade do paciente e só assim ele poderá ser um agente de transformação se necessário for.
O enfermeiro necessita conhecer os recursos da comunidade e dele fazer uso sempre que o paciente necessitar, orientar para que a pessoa assistida possa usufruir de todos estes recursos para otimizar seu tratamento.
O enfermeiro precisa ser proativo em sua comunidade, tem que ter ideias e argumentos para defender essas idéias. Tem que lutar sempre pela melhora das condições de atenção à saúde, tanto na prevenção de doenças como na recuperação da saúde, este bem maior de todos os cidadãos.
Discuto sempre a saúde e o paciente porque estou falando do enfermeiro cidadão e não do cidadão enfermeiro. Este pode ser político partidário, atuante ou não, aquele irá brigar por tudo que estiver relacionado com sua essência profissional e a sua missão de ser enfermeiro.
O cidadão enfermeiro poderá ter seu partido político e até candidatar-se a um cargo eletivo e assim tentar mudar a sociedade e aproximá-la do que acredita ser o melhor para todos.
O enfermeiro cidadão vai lutar pela qualidade da assistência e por melhores condições para prevenir doenças.
Uma das principais ações do enfermeiro é a de ser educador, e como educador ele é um agente de mudança social e, portanto, um ser político, assim vai depender da nossa ação ou omissão para que essa mudança seja para melhor ou para pior. Podemos estimular o paciente e a comunidade a discutir e reivindicar ações que beneficiem a recuperação e manutenção de sua saúde ou a prevenção de doenças. De outra forma podemos com profissional sufoca-los e fazê-los aceitar o tratamento que achamos ser o melhor para eles, sem levar em consideração sua opinião.
Para refletirmos: Que tipo de profissional eu sou? Como trabalho com o paciente ou comunidade?
Exemplificando uma situação que é muito comum em nosso dia-a-dia profissional: no início do mês uma pessoa internada precisa receber seu pagamento, porque é a única fonte de receita de sua família e se não receber eles irão passar fome. Como enfermeiro podemos tentar resolver diretamente com o médico assistente ou encaminhar para o serviço social, buscando uma solução para este problema social que certamente está influindo no físico, no psíquico e talvez até mesmo no espiritual.
Humanizar a assistência é atender todas as dimensões do ser humano da melhor forma possível.
O enfermeiro tem que humanizar cada vez mais sua assistência, ser proativo, um ser político, agente de mudanças sociais em benefício da assistência à saúde dos pacientes e da sociedade em geral.
Yorumlar