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Energia criativa, saúde mental e o enfermeiro

  • Prof. Claudio Brazil
  • 28 de mai. de 2016
  • 3 min de leitura


Por mais doente que a pessoa possa estar, pode até perder o sentido da realidade, mas dificilmente vai perder a sua energia criativa. A perda desta energia, talvez, só aconteça quando o paciente estiver em estado de coma, usa o talvez porque ele pode até estar usando para se manter com a vida. A luta pela vida, a vontade de viver, o encontro das belezas da vida são algumas das formas de expressões da energia criativa. A energia criativa é o que impulsiona o indivíduo para um ato é o que leva o sujeito a criar mecanismos de defesa tanto do corpo como da mente.

O produto da energia criativa é o ato, o fazer. O ato é a ação em busca da aceitação, da inserção em seu meio em suma é a busca por sua inclusão na vida e no meio social.

Mesmo nos quadros alucinatórios a energia criativa está presente e criando fantasmas, fantasias e figuras persecutórias em sua mente que tomam conta de todo o seu EU. Os sintomas provem do uso exagerado dos mecanismos de defesa do Ego então o indivíduo enlouquece para não enlouquecer.

Augusto Cury diz que o EU, é o centro da personalidade, o líder da mente, o desejo consciente, a capacidade de autodeterminação e a identidade fundamental que nos torna seres únicos.

A saúde mental está presente quando há um equilíbrio a energia criativa e a realidade externa do sujeito, ou seja, quando mais próximas elas estiverem mais saudáveis são os homens.

O enfermeiro ao realizar seu trabalho tem como visão de homem um ser bio-psico-social-espiritual, portanto como um agente de saúde mental, e por sua essência de educador, deve servir de suporte ou de meio na busca do equilíbrio entre a energia criativa e o sentido da realidade das pessoas que estão sob seus cuidados.

O enfermeiro tem que ser um facilitador para que o sujeito, paciente possa duvidar, criticar e decidir sobre seus pensamentos e /ou ações sadios ou não.

Para executar este papel o enfermeiro tem que aprender a trabalhar o seu próprio EU, para que então possa assim orientar o outro a ter o controle sobre o seu EU e sua vida.

Segundo Augusto Cury o indivíduo para ter o controle de sua vida tem que gerenciar seus pensamentos e compreender a formação dos mesmos.

O enfermeiro no seu dia-a-dia tem que ser um facilitador para que o paciente possa realizar com frequência a segurança a sua higiene mental. O paciente tem que ser estimulado a aprender a ser resiliente saber estabelecer relações de empatia com o outro, e assim terá facilitado o gerenciamento e amadurecimento de seu EU.

O homem precisa pensar a sua doença e a sua recuperação, precisa aprender a ter relação consigo, precisa aprender a construir a sua história sócio-pessoal. Tem que reconhecer o seu problema e saber o que fazer com ele. Até mesmo lidar com a proximidade da morte para que ela chegue com dignidade. O EU, tem que aprender a discordar de pensamentos perturbadores e emoções angustiantes. O enfermeiro como educador, ao prestar assistência, deve estimular o paciente a assumir o seu problema, este problema por outros ângulos e reescreve-la em sua mente de uma forma mais saudável.

A arma mais, poderosa que o enfermeiro pode usar em sua assistência é sua capacidade de estabelecer relações interpessoais terapêuticas, as quais se estabelecem na busca de um objetivo comum e terapêutico tanto para a manutenção da saúde quanto para a reabilitação da doença.

A utilização da energia criativa do enfermeiro, associada à do seu assistido para com que os problemas identificados possam ser revividos e reciclados de uma forma saudável, encontrando assim caminhos para o amadurecimento do EU, manutenção ou recuperação da saúde.

A dificuldade a doença e a dor podem nos tornar mais criativos. A resiliência nos ajuda a crescer. A utilização saudável da energia criativa, o estimula ao estabelecimento de relações empáticas, o favorecimento a resiliência fará de nossa assistência um bem para o paciente e sua saúde mental e com certeza vão nos mostrar cada vez mais que a beleza de ser enfermeiro é ser enfermeiro apesar de tudo.

VEM AI.... Uma História para reflexão!!!


 
 
 

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