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A difícil tarefa de ser enfermeiro

  • Prof. Claudio Brazil
  • 9 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

Para ser um bom enfermeiro o profissional tem que ser em primeiro lugar gente e gostar de gente pois já dizia a grande mestre Wanda Horta “Enfermagem é para gente cuidando de gente”

Para ser gente não basta ter nascido humano, mas precisa ter sentimentos, saber conhecer o seu eu, reconhecer seus amores e seus ódios, aprender a lidar com eles e conviver com suas consequências.

Muitas vezes estamos dando o melhor de nós, sacrificamos nossa família e nossa vida e ainda assim o paciente nos crítica, nos insulta e demostra não gostar de nós. Podemos ficar irritado e até odiar o paciente, mas, como profissional, temos que aceitar, entender e saber lidar com estes sentimentos, para que eles não prejudiquem como pessoa e como profissional e principalmente que também não prejudiquem o paciente que precisa de nossa assistência e de nosso cuidado.

Duas maneiras de agir podem ajudar a resolver estes três conflitos, a primeira é através da relação empática, onde nos colocamos no lugar do outro e sentimos como se fosse o outro sem ser o outro. Assim podemos começar a entender o que está ocorrendo e dificultando a relação enfermeiro x paciente. Podemos identificar porque despertamos no paciente aqueles sentimentos.

A segunda maneira de buscar a solução para esta situação, e que não exclui a primeira, é através da reunião de supervisão onde é discutida a relação, onde aparecem os sentimentos que são solicitados no conviver, e ao serem identificados, reconhecidos e discutidos poderão ser trabalhados e resolvidos. Entendermos, por exemplo, que não gostamos de um paciente, porque ele se parece ou representa alguém de quem não gostamos. A mesma situação também pode acontecer com o paciente em relação a nós. É a famosa “antipatia à primeira vista”. O enfermeiro tem que aprender a lidar com a dor e sofrimento do outro a morte pode fazer parte do seu dia-a-dia, mas jamais ela poderá ser banalizada, tem que ser sentida para não corrermos o risco do embrutecimento.

Para podermos entender o outro precisamos entender a nós mesmos em primeiro lugar. Quem sou eu? Como me vejo? Como penso que os outros me veem? Estas são algumas questões que nos ajudam, mas que são muito difíceis de serem respondidas quanto mais exatas ou menos claras forem as respostas para nós mesmos, mais fácil será de entender o outro. O enfermeiro como líder da equipe de enfermagem tem que estar preparado e capacitado para realizar a supervisão de sua equipe entender os sentimentos e os conflitos surgidos da união de diversas personalidades diferentes umas das outras que formam esta equipe. As pessoas podem estar interferindo em seu trabalho. Isto precisa ser identificado, discutido e se possível solucionado.

O enfermeiro como elo de ligação do paciente com os demais profissionais e com a administração da instituição, tem que estar preparado tanto técnica como psicologicamente para poder executar estas funções, e para isto precisa conhecer muito bem seu paciente, seu fazer, e ter uma excelente fundamentação teórica.

O enfermeiro tem que ter uma boa formação, estudar muito ter conhecimento dos princípios científicos. Conhecer o quadro patológico do paciente, seus humores, seus amores e suas necessidades. Tem que conhecer o paciente e tudo que cerca o mesmo.

Se não for assim o profissional será apenas um cumpridor de ordem, só mais um, mas se você gosta de gente que estuda muito prepare-se para ser reconhecido e valorizado e ainda entenderá que a beleza de ser enfermeiro é ser enfermeiro acima de tudo.


 
 
 

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